nada mais importa
permita-me lhe dizer
- Desisto!
Chega de reclamões!
Admiro o forte,
quem ama, quem odeia,
quem vive sem medo de viver.
Admiro quem chora,
quem erra, quem se desculpa,
quem não tem receio de perdoar.
Como Pessoa,
admiro gente de verdade.
Estou farta do sol querendo ser centro.
Admiro o sol da coletividade
que mesmo sendo o quinto na escala,
que ninguém brilha só, sabe.
Só,
fica o sol pela eternidade
Só,
permanece o astro
que quer brilhar sozinho,
que exige sua centralidade,
que não sabe ser conjunto
- ser único, junto -
que não sabe ser mais um elemento.
Admiro quem se faz complemento.
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P.S. 3/04/2011: Marquei esse texto como crônica. Explico. Trata-se, na verdade, de um desabafo em prosa. Não escrevo poesia. Na falta de uma classificação melhor, fica no marcador Crônica.