Mô, meu namorado quase marido, costuma achar perigoso estar em um ambiente comigo e minhas irmãs. Diz que nós três nos comunicamos com o olhar. Ele que já está na família há um bom tempo (e lá se vão 15 anos!) identifica quando gostamos ou não de algo, quando desacreditamos de alguma coisa e por aí vai.
Isso deve ser mais comum do que pensamos... pessoas que se conhecem há muito tempo podem se comunicar sem palavras. Eu, que me considero uma pessoa reservada, acabo desenvolvendo isso com alguns poucos colegas e amigos. Por um olhar, a piada particular vira comentário não pronunciado. Não considero isso uma falta de educação... se fosse falado abertamente, a piada particular teria de ser explicada detalhadamente para que todos pudessem acompanhar a conversa... às vezes não vale a pena, a piada "perde-se na tradução" e a conversa se alonga sem motivo; outras vezes a explicação da anedota íntima é mais divertida do que o assunto principal e, no fim, ninguém mais se lembra do que se falava anteriormente.
Ele diz perceber também quando não nos olhamos propositalmente. Depois de refletir um pouco, entendi o porquê de fazermos isso - às vezes a nota a ser feita é tão óbvia que para mantê-la privada evitamos a troca de olhares.
Simplesmente adoro quando estamos as três juntas... e no mesmo humor (!).
Nesses dias de festas de fim de ano, falávamos sobre a falta de verossimilhança em musicais.
E olha que somos fãs.
Eu, desde Amor Sublime Amor (West Side Story, 1961, Jerome Robbins e Robert Wise), passando por Noviça Rebelde (The sound of music, 1965, Robert Wise) - adoro clássicos - e mais recentemente Moulin Rouge (2001, Baz Luhrmann) - para citar alguns... não posso me empolgar, sou viciada em listas! - divirto-me com musicais. Camis e Fê, a mais nova e a do meio, respectivamente, foram fanáticas - eu também! - por Dirty Dancing (1987, Emile Ardolino).
Mas, enfim, comentávamos - como de repente um estranho sabe a estrofe seguinte de uma música que a 'mocinha' acabou de inventar? Ou de repente dá continuidade à coreografia que desconhece?
Essa é a magia do cinema, eu sei, mas quando criança, isso me intrigava e era exatamente sobre isso que falávamos e ríamos lembrando de algumas cenas... tudo começou por causa de um filme musical adolescente numa "sessão da tarde" transmitida nesse entre-festas.
O fato é que, por mais de uma vez, nesse fim de 2009/ início de 2010, eu olhava para a Fê, acho que por termos as idades mais próximas, e começávamos a cantar a mesma música, reação desencadeada por alguma situação ocorrida ao nosso redor, uma palavra ou frase que se encaixava em uma canção.
E concluí: nós do tempo do olhar, como diria minha avó, podemos viver em um musical.
Talvez daí venha minha paixão por trilhas sonoras... mas isso fica para um próximo post!
Isso deve ser mais comum do que pensamos... pessoas que se conhecem há muito tempo podem se comunicar sem palavras. Eu, que me considero uma pessoa reservada, acabo desenvolvendo isso com alguns poucos colegas e amigos. Por um olhar, a piada particular vira comentário não pronunciado. Não considero isso uma falta de educação... se fosse falado abertamente, a piada particular teria de ser explicada detalhadamente para que todos pudessem acompanhar a conversa... às vezes não vale a pena, a piada "perde-se na tradução" e a conversa se alonga sem motivo; outras vezes a explicação da anedota íntima é mais divertida do que o assunto principal e, no fim, ninguém mais se lembra do que se falava anteriormente.
Ele diz perceber também quando não nos olhamos propositalmente. Depois de refletir um pouco, entendi o porquê de fazermos isso - às vezes a nota a ser feita é tão óbvia que para mantê-la privada evitamos a troca de olhares.
Simplesmente adoro quando estamos as três juntas... e no mesmo humor (!).
Nesses dias de festas de fim de ano, falávamos sobre a falta de verossimilhança em musicais.
E olha que somos fãs.
Eu, desde Amor Sublime Amor (West Side Story, 1961, Jerome Robbins e Robert Wise), passando por Noviça Rebelde (The sound of music, 1965, Robert Wise) - adoro clássicos - e mais recentemente Moulin Rouge (2001, Baz Luhrmann) - para citar alguns... não posso me empolgar, sou viciada em listas! - divirto-me com musicais. Camis e Fê, a mais nova e a do meio, respectivamente, foram fanáticas - eu também! - por Dirty Dancing (1987, Emile Ardolino).
Mas, enfim, comentávamos - como de repente um estranho sabe a estrofe seguinte de uma música que a 'mocinha' acabou de inventar? Ou de repente dá continuidade à coreografia que desconhece?
Essa é a magia do cinema, eu sei, mas quando criança, isso me intrigava e era exatamente sobre isso que falávamos e ríamos lembrando de algumas cenas... tudo começou por causa de um filme musical adolescente numa "sessão da tarde" transmitida nesse entre-festas.
O fato é que, por mais de uma vez, nesse fim de 2009/ início de 2010, eu olhava para a Fê, acho que por termos as idades mais próximas, e começávamos a cantar a mesma música, reação desencadeada por alguma situação ocorrida ao nosso redor, uma palavra ou frase que se encaixava em uma canção.
E concluí: nós do tempo do olhar, como diria minha avó, podemos viver em um musical.
Talvez daí venha minha paixão por trilhas sonoras... mas isso fica para um próximo post!
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