quarta-feira, 29 de julho de 2009

Arquitetura 1

Estou com pouco tempo para escrever, G.A.D. muito trabalho nesse início de semestre.
Reforma, obra, projeto.
Venho a internet mais para pesquisar do que para escrever.

Mas o trabalho está valendo a pena. Apesar da pouca remuneração do mercado.

Não é dado muito valor ao trabalho intelectual, ao projeto em si, à concepção de idéias.
Também não é muito reconhecido o "savoir-faire", aquele jeito de se realizar uma tarefa qualquer de forma específica. Tornamo-nos a geração do faça você mesmo. E isso em tudo, em todas as áreas.
Faça o seu próprio pão, seu próprio jornal, sua própria homepage, seu próprio projeto, realize sua própria obra. E os especialistas tem de cada vez mais se especializarem para ter um diferencial.

São os novos tempos.

Mas tudo bem. Vamos nos adaptando e seguindo em frente.

Parei de reclamar da vida. Agora me adapto. E continuo a jornada. Graças a Deus.

sábado, 18 de julho de 2009

O sucesso de um...

E lá vou eu para o teatro de novo.

Som & Fúria.

A minissérie global estreou e eu fui acompanhando, como sempre, meio desconfiada.
Fui gostando. Ritmo rápido, sem "mini-flashback" do ocorrido no capítulo anterior - recurso que parece ser a mais nova regra da casa (vide novela das oito).

Não sei se os profissionais do teatro estão gostando, mas eu, mera espectadora, estou adorando.
Os bastidores da peça, os bastidores do ofício, podem estar mostrando uma realidade exagerada, como qualquer obra de ficcção que se debruça sobre o cotidiano com lentes de aumento. Acho, porém, que, se há exageros, estes são poucos.
Não por ter algum conhecimento na área teatral, mas por me ver ali e identificar situações comuns a qualquer profissão. As disputas de egos, as mesquinharias cotidianas parecem fazer parte da realidade, enfim, de qualquer ser humano que tenta vencer em seu métier.

Mas o que me fez querer escrever sobre a minissérie, mais do que por sua qualidade técnica e narrativa, foi o sexto episódio, que foi ao ar anteontem.

Reconhecemos, claro, os maus colegas, os que tentam nos prejudicar sem nehuma razão aparente; os invejosos que torcem para o nosso insucesso; os dedos prontos para apontar os mínimos deslizes e transformá-los em sinônimos de incompetência.
Devemos, porém, reconhecer também a figura do mentor, que está pronto a nos dar a primeira chance, que aposta em nosso potencial e nos ajuda a corrigir falhas que porventura ocorram durante nosso processo de amadurecimento na profissão.

No citado episódio, o diretor de Hamlet, interpretado por Felipe Camargo, dá forças ao iniciante que se prerara para a sua estréia como protagonista da mencionada peça. A cena me emocionou. O diretor apóia, acalma e incentiva o colega inexperiente - antes, durante e depois da peça. E o sucesso de um se torna a vitória de todos.

A frase é batida, lema de técnico de futebol, lema de auto-ajuda empresarial (liderança participativa), mas é de uma verdade!

Nos tempos de escola, nos tempos de colégio, nos tempos da faculdade, a figura do mentor, hoje, me parece fácil de identificar. Nem sempre é o professor de quem mais gostamos, muitas vezes é aquele que mais nos exige.
Já na vida adulta parece ser mais difícil apontar quem nos deu aquele empurrão ou sacudidela na hora certa.

Tarefa difícil mas não impossível.

E eu então achei que o tal episódio de Som & Fúria foi uma homenagem aos mentores.
E este texto é a minha aos meus.
Espero também um dia ter sido, ou ainda ser, a autora de um empurrão amigo a alguém.