segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mais um recesso

Acredito que meus diletos leitores tenham percebido minha pausa para balanço - foram mais de dois meses sem escrever uma única linha no blog.

Mantive as minhas leituras eletrônicas, mas não comentei nada; peço desculpas aos blogs que sigo, mas o ritmo desse primeiro semestre de 2011 foi de estresse intenso.

Imagem emprestada do Letras Letais


Finalmente chegaram as férias e as promessas de mudança - preciso me organizar melhor, alimentar-me melhor, voltar a me exercitar... Essas promessas de julho estão ficando tão sérias quanto as do Natal.

Quanto ao blog....

Bem, adoro escrever, conversar, contar minhas inquietações, mas realmente não conseguirei mantê-lo como gostaria.

Desde já garanto que os posts poderão ser raros, mas manterão a qualidade (assim espero).

Sem mais para o momento - adoro despedidas clichês - até o próximo post!

domingo, 17 de abril de 2011

Correndo feliz

Correndo contra o tempo, mas feliz.

Adoro o momento em que estou vivendo e as minhas inquietações são deliciosas.

Hoje estou realizando a minha parte em um trabalho sobre Livros Didáticos. A coleção que o meu grupo escolheu, voltada para o ensino médio, é muito boa. Trabalha com textos verbais e não verbais (artes plásticas, charges, quadrinhos) e sugere outras linguagens (música, cinema) para ensinar literatura, língua e produção de texto.

Lembro do meu livro do ensino médio. Ele também trazia, lá nos anos 90, as várias linguagens para o estudo da língua e literatura.

Fiquei tão empolgada com esse trabalho que tive de parar e notar que ele é apenas um dos zilhões de trabalhos que serão feitos nesse semestre e que, portanto, merece a dedicação-padrão. Sem contar que ainda temos uma reunião com o orientador e que ele vai definir o que é pertinente ou não para a nossa análise. Então, não é produtivo chegar com todas as minhas idéias em papel A-4, padrão ABNT, muito bem referendadas. Ainda não, louca!

Realmente acho que finalmente me encontrei profissionalmente. Eeeeeeeeeba!

Alguns leitores devem estar se perguntando E a arquitetura?

Calma, diletos leitores. Uma mulher pode ter múltiplos amores. Academicamente falando. É claro.
(Sem fundo moralista, é que eu sou assim mesmo - careta, romântica e fiel).

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Virada Cultural em Sampa. Queria estar lá... ver Rita. Ouvir Paulo Miklos cantando Noel. E Paulinho da Viola?

Tudo bem... vou poder me esbaldar nas Viradas de Araraquara e São Carlos nos dias 14 e 15 de maio.

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Feliz por um lado, triste por outros tantos. Eu, no entanto, não vou ficar me lamentando.
Levanto, sacudo a poeira e preparo-me para o próximo revés.

Até domingo (tento escrever na quinta, mas está difícil)!

domingo, 10 de abril de 2011

Farta de semideuses!

Já citei aqui Poema em linha reta, de Pessoa.

Conheci esse poema em uma fase bastante difícil da minha juventude. Em uma época em que sonhava (na verdade, tinha pesadelos) com um professor carrasco de Desenho de Arquitetura, no curso técnico. Depois do curso, comparando experiências com os ex-colegas, soube que não era a única que tinha pesadelos com o "amado mestre".

Nessa última semana, lembrei-me do dito-cujo. Tive raiva de mim mesma por me permitir ser colocada na fragilidade dos meus dezesseis anos.

Depois de respirar fundo e me reconduzir aos meus 35 anos, lembrei-me do meu mantra:

Pessoas podem lhe dizer que não é capaz de algo? NÃO. 
Pessoas podem lhe dizer que não é capaz de algo como forma de incentivo? 1000 x  NÃO!!!

Aí me lembrei da frase que mais gostava do Poema em linha reta - Arre, estou farto de semideuses!

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Ouvi de uma professora de grego (formalmente, professora de grego; nas horas vagas mestre da vida) que não é possível ser boa em tudo - a busca pela excelência plena é fadada ao fracasso e à frustração.

Não é a valorização da mediocridade, diletos leitores. A conversa foi bem mais profunda e o espaço/tempo para relatá-la na íntegra aqui é curto.

É a busca pelo seu melhor sem a cobrança doentia que às vezes fazemos pela excelência plena - excelente esposa, maravilhosa mãe, dona de casa exemplar, profissional excepcional, filha perfeita. Se você é tudo isso, parabéns. Se não o é, não se culpe. Busque fazer o seu melhor sem cobranças exageradas e seja feliz.

Don't worry, be happy!

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Tem como olhar para a última semana sem lamentar o triste episódio de Realengo?
Além de me sensibilizar por conta da barbaridade do caso, ainda me pergunto como futura educadora Como chegamos a isso?

Tentamos agora, junto com os noticiários de tv, explicar o inexplicável.

Ainda estamos sem saber o porquê da violência às crianças daquela escola.

O que me pergunto é: será que poderia ser evitado e, se sim, de que forma?

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Não postei na última quinta, mas sigo firme que conseguirei me impor esse calendário de escrever duas vezes por semana.

Ate quinta!

domingo, 3 de abril de 2011

Ressaca

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Volto a dormir.

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Passaram-se quinze minutos. Melhor levantar.

Olho-me no espelho. Olheiras, pele estranha. Escovo os dentes. Tomo banho. Olho no espelho.
Nada mudou, continuo com um semblante horrível.

Na cabeça algo lateja - tum, tum, tum. Tomo um comprimido. Preciso comer algo.

Na cozinha de guerrilha encontro um pacote de massa. Salvação do dia.

Preparo meu socorro com pouco molho, nada de queijo. Como um prato. Fico satisfeita.

Bebo água - um, dois, três copos seguidos. Sinto o corpo cansado. Volto a dormir.

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Volto a dormir.

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Passaram-se quinze minutos. Melhor levantar.

Olho-me no espelho. Olheiras, pele estranha. Escovo os dentes. Faço promessas absurdas - nunca mais beber; nunca mais beber daquele jeito.

Tomo banho. Olho no espelho. Nada mudou, continuo com um semblante horrível.

Na cabeça algo lateja - tum, tum, tum. Tomo um comprimido. Preciso comer algo.

Na cozinha de guerrilha sirvo-me de outro prato de massa com pouco molho, um pouco de queijo.

Confiro o relógio. Perdi um dia da minha vida dormindo, acordando e comendo massa sem graça.

Preciso parar de beber.

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Por hoje é só, diletos leitores... estou correndo contra o tempo (essa expressão passou a ser comum na minha rotina atual) e ainda preciso fazer esse domingo render muito...

Até quinta!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Por que não fiz Estatística

Três meses já se passaram. 2011 está com a corda toda.

Claro, nem tudo são flores. É preciso, no entanto, não desanimar e seguir em frente. Na maioria das vezes, é mais fácil falar do que executar a tarefa. 

Mentira! Sempre é mais fácil falar.

Às vezes, crio um mantra - vai dar certo, vai dar certo... E, por coincidência ou obra do destino ou simples acaso, dá certo.

Às vezes, o que quero não se concretiza. O que faço? Não ponho na planilha.


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Os dias estão corridos, mas sei que preciso fazer uma pausa, respirar fundo e tomar consciência do que quero e do que estou fazendo para alcançar meus objetivos.

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Nossa! Que sessão autoajuda!

Parei. Sério, prometo.

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Tenho lido bastante - livros, artigos, jornais. Infelizmente não tenho conseguido curtir a leitura. Sabe quando lemos e notamos que algo da leitura ficou ainda repercutindo em nossa mente... Não tenho alcançado esse estado único de um bom leitor.

No próximo final de semana tentarei me recolocar nos eixos, preciso administrar melhor meu tempo... Preciso conseguir sair, ver os amigos, pelo menos conseguir falar ao telefone. Preciso viver.

Até domingo!

domingo, 27 de março de 2011

Sobre o Kid - Cumprindo promessa


Eu realmente não sei quando começou meu amor pelo Kid Abelha.

Nos primórdios, a banda assinava Kid Abelha e os Abóboras Selvagens. O fato de ter uma vocalista feminina chamava a atenção na cena pop rock nos anos 80. Pipocavam bandas nas rádios, mas pouquíssimas tinham mulheres defendendo os vocais principais. Lembro-me do Kid, do Metrô e Sempre Livre. Alguém aí conhece mais alguma?

Todas queríamos ser Paula Toller. Eu já levava vantagem... já era Paula.

No início, Paula era morena, com uma vozinha rotulada de limitada, mas eu a achava o máximo (simpatia e carisma na dose certa). Como um bom vinho, a voz da Paula melhorou (e muito) com o passar dos anos. Quem duvidar, corra atrás de um cd Kid Abelha Ao Vivo (1986) e compare com o Meio Desligado (1995) ou o Acústico MTV (2002). Sobre a voz de Paula, há uma crítica linda do Eugênio Bucci, do Jornal do Brasil, Paula Toller e sua voz líquida (achei no ótimo site da banda que já elogiei aqui no blog, em Pitada de Melancolia).

O Kid voltou a fazer shows. Falaram sobre isso ontem, no Altas Horas, na Globo. No site oficial da banda, a agenda 2011 já anuncia, para Sampa, show no Credicard Hall no dia 07 de maio.

Para os meus leitores que não viveram a onda dos anos 80, recomendo um passeio pela discografia da banda. Dá para ouvir trechos das faixas, ler as letras e até conferir as críticas da época de lançamento dos discos (algumas bem ácidas). Talvez, ajude a entender essa paixão pelo Kid. Ou não, tudo bem...



Educação Sentimental II saiu no segundo disco da banda, Educação Sentimental (1985). Nesse mesmo disco, havia outra canção com o mesmo nome, do Leoni, daí a razão da numeração. A que toca aqui é assinada por Leoni, Paula e Herbert Vianna (do Paralamas). Eu simplesmente a-d-o-r-o essa música.



Como Eu Quero foi o hino da minha vida sentimental na década. É do primeiro disco, Seu Espião (1984). Sim, eu aos nove anos tinha uma vida sentimental. É a minha favorita da banda. Lembro-me que demorei a entender plenamente a letra (faltava um pouquinho de maturidade, acho). Essa faixa é do Leoni e da Paula.

Super Parênteses! (Aliás, Leoni é um compositor e tanto e eu também gosto muito dele. Deixou a banda, montou o Heróis da Resistência que gravou o primeiro disco em 1986, partiu para carreira solo em 1993 e continua na ativa (confiram o site dele). Atento às novas possibilidades da rede, escreveu um livro Manual de Sobrevivência no Mundo Digital que terá noite de autógrafos amanhã, na Livraria da Travessa de Ipanema, Rio.) Fechando o Super Parênteses!

Tive um certo problema com o Acústico MTV (2002). Não sei se porque havia jurado amor eterno ao Meio Desligado (1995), também acústico. Ou se porque não deu para colocar todos os hits da banda. Demorei a dar chance ao cd. Mas quem resiste à voz de Paula?



Então, que venha Kid Abelha versão 2011. Estou preparada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Desventuras em série

Neste semestre, decidi aproveitar ao máximo o que me é oferecido pela universidade. Aqui, na UNESP de Araraquara, podemos seguir duas línguas, além da nossa querida língua portuguesa. Então, faço grego pela manhã e francês à noite.

Pareceu-me uma excelente idéia no ano passado. Ontem, tive dúvidas.

Explico: acordo às 5:30h em São Carlos. Se tudo der certo, pego um ônibus às 6:15h para ir até o ponto do fretado que passa às 6:45 e sigo para Araraquara. Às 7:30, já estou sentada na cantina tomando um café levanta-defunto. Observação: as aulas no período matutino só começam às 8:00. Na quarta, tenho aula às 10:00h e na sexta às 8:00.

Pensara: são só dois dias da semana... posso ficar o dia todo aproveitando tudo o que a facul me oferece: biblioteca, laboratório de idiomas, laboratório de informática.

Na realidade, a faculdade está em obras... alguns laboratórios não estão disponíveis, a biblioteca, que ainda está funcionando (as obras dela estão no início), não oferece mais aquele local livre de barulho, e, principalmente, por mais que eu tenha algo a estudar (e sempre há algo a ler e reler), há dias em que nada funciona como deve.

Ontem, por exemplo, saí de casa com a intenção de retornar para o almoço. Há um fretado que sai às 12:15h do campus.

Minhas desventuras, porém, começaram às 6:15, quando saí de casa e percebi que não conseguiria pegar o ônibus até o fretado. Tudo bem, parti para o plano B. Peguei um ônibus até o centro de São Carlos, do centro tomei um até o ponto do fretado. Cheguei a tempo, respirei fundo e achei que esse poderia ser um sinal de um dia de sorte. Ledo engano, diletos leitores.

Entrei no ônibus e pelo caminho percebi que ele estava ficando lotado. Todos no ônibus começaram a ficar tensos. Motivo: quem não é do turno da manhã (oficialmente sou do turno da noite) não tem preferência no ônibus. Sendo assim, se ele lotar, temos de descer no meio da rodovia e esperar um intermunicipal São Carlos-Araraquara. E hoje o ônibus lotou, três pessoas tiveram de dividir assentos. E todos ficamos quietos para chegarmos logo na facul. Um mal-estar generalizado pairava no ar.

Cheguei, tomei meu café, esperei até a biblioteca abrir às 8:00h e fui fazer minha tarefa de grego. Tudo pronto, fui para a aula.

Ao final da aula, empolgada com uma conversa sobre tradução literária com a professora de grego (quando crescer quero ser como ela), perdi a hora e saí da sala às 12:10h... correndo, sofrendo pelo  meu sobrepeso (precisoemagrecerurgentemente.com), avistei ao longe o digníssimo busão. Já não aguentava mais correr, mas não desisti e continuei no embalo de Carruagens de Fogo. Finalmente, próximo ao ônibus, o simpático motorista fez o clássico gesto de "tá cheio!".

Parei de correr e comecei a computar até onde iria meu prejuízo: iria almoçar em casa, agora teria de "bandejar". Iria deixar o material de grego e pegar o de francês, agora teria de xerocar pelo menos os exercícios extras, para não chegar na aula de mãos vazias. Iria passar a tarde lendo, deitada, os textos das aulas de quinta e sexta, agora teria de lê-los na biblioteca.

Pensei: Ah, tudo bem... poderia ser pior.

Será? Tenho o péssimo hábito de me programar, na véspera, para tudo... Mesmo que haja espaço para ações inesperadas, um roteiro me mantém segura... Meu cérebro não funciona bem sem uma lista básica de tarefas. Então, o que aconteceu?

Fiz os exercícios de francês, mas não consegui me concentrar em mais nada... Um sono louco tomou conta do meu ser... A idéia de que só chegaria em casa às 24:00h também me desanimou um pouco.

Desisti e resolvi que garantir as presenças das aulas da noite já seria uma vitória.

Tenho de aprender a viver no improviso... Logo.

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P.S.: Acabei de ver no telejornal que foi aprovada no STF a dança das cadeiras no Congresso Nacional - ex-fichas-sujas, barrados no último pleito, voltaram à condição de fichas-limpas. Tudo pelo respeito à Constituição.

Lembrei-me de uma notícia que li ontem, não sei porquê relacionei com os fichas-sujas, enfim... Nos jornais de ontem, comemorou-se os cinco anos da Dança da Pizza, voces se lembram? Mais aqui.

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Sim, diletos leitores, deveria ter postado ontem, eu sei. Acho que quinta, pela manhã, é o melhor dia e horário para as postagens da semana.

Até domingo!

domingo, 20 de março de 2011

YES WE CAN

Sim, nós podemos enfrentar nossos medos...

Sim, nós podemos encarar nossos adversários corajosamente, mesmo que estejamos um pouco inseguros...

Sim, nós podemos acordar e ver que não morremos por tentar cumprir o roteiro programado pelos outros.

Sim, nós podemos ceder sem perder nossas convicções...

Sim, Gullar¹, nós podemos ser felizes sem ser os donos da razão...

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Em semana de incertezas mundiais - Japão sob o medo das consequências do terremoto, Líbia sob a sombra de uma intervenção militar (iniciada ontem) - nem tudo foi tristeza. Houveram momentos de humor puro.

Por aqui, como diz grande Simão - o país da piada pronta, tivemos a repercussão do blog de Maria Bethânia (sou sua fã de carteirinha... um dos melhores shows de MPB que tive a oportunidade de ver no lendário Canecão) e as expectativas da visita de Barack, o Obama.

As melhores coisas que li a respeito, durante a semana, foram indicadas pelo twitter (estou adorando!!!). 

Para quem ainda não conhece os jornais eletrônicos Sensacionalista e The Piauí Herald, ficam aqui as dicas:


Sobre Obama no The Piauí Herald - Obama irá a programa de Hebe .

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Sim, nós podemos rir um pouquinho entre tantas tristezas.

Sei que falar é mais fácil do que fazer, mas, depois de enfrentar adversidades, não nos custa tentar levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima...

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Na última quarta, não pude postar... fiquei atrapalhada com as aulas da facul. Tentarei cumprir sempre o combinado de posts às quartas e aos domingos. Peço paciência, diletos leitores.

Até quarta!

¹ - Ferreira Gullar, numa deliciosa entrevista ao Sabático de 7 de agosto de 2010, conta a origem da sua famosa frase "Não quero ter razão, quero é ser feliz". Confira a entrevista aqui.

P.S. Especial: Obama acabou de citar em entrevista no Teatro Municipal do Rio: País tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza ♪, salve Jorge!!!

domingo, 13 de março de 2011

Tocando em frente II

No post anterior, falei que adoraria voltar aos 20 com a minha cabeça de hoje, como num filme hollywoodiano.

O filme que me vem à mente é Peggy Sue (Peggy Sue Got Married, Francis Ford Coppola, 1986).

Peggy Sue sai de 1985 e vai para 1960 e repensa suas escolhas passadas e sua vida no presente
Acho que na década de 80 outros filmes com o mesmo tema foram lançados.

Se você se lembrar de outros, escreva aí nos comentários.

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Olhando agora para o título dos posts de hoje, pensei no Japão e seu terremoto.

Como já disse aqui no blog, não acho complicado me reinventar. 

Acho, porém, que não saberia começar do zero, sem referência física alguma da minha história. Deve ser bem difícil... Nessas tragédias naturais, perde-se tudo: parentes, amigos, documentos, endereço. Deve ser um grande exercício de fé (e aqui não falo de religião, mas de crença em si mesmo e de que vale a pena se reerguer).

Dá uma tristeza... aqui, no Brasil, todo ano temos nossa cota de catástrofes naturais. Dá uma sensação de fragilidade que me incomoda. Penso que deve incomodar a todos, não é?

Tocando em frente e até quarta!

Tocando em frente

Já me senti correndo freneticamente contra o tempo... Hoje sinto que dei uma freada na minha vida quando resolvi mudar a minha vida profissional e voltei para uma faculdade.

Aos 35 anos, não tenho mais a urgência de antes... ou tento não ter. A maturidade nos faz pensar mais vezes antes de fazer algo e tem momentos que esse pensar dura mais que o simples piscar dos olhos. 

Na verdade, não me sinto tão madura assim (quem me conhece, sabe); sempre fui a "sensata", a "centrada", a "ponderada". Acho que é mesmo da minha natureza o repensar antes de agir.

Quando acho que estou acelerando o passo, e consequentemente deixando de refletir sobre algo, piso no freio. Busco a serenidade da maturidade... Sim, é isso! Persigo a sabedoria que era anunciada diariamante pela minha vó Iglantina - a experiência vale ouro!

Ela dizia que não tinha saudade do passado - e realmente não me parecia uma pessoa saudosista - mas, se pudesse voltar aos seus 20 anos, queria estar com a cabeça dos seus 60, pelo menos.

Agora a entendo. Adoraria retornar aos meus 20 anos, como num filme hollywoodiano, com a cabeça que tenho hoje... Seria o máximo.

Nessa semana em que senti minhas idéias mais sensatas serem refutadas no seio familiar, parei, pensei e repensei. Percebi, no entanto, que eu não estava errada... Coerentemente tomei uma postura racional. Às vezes, quem lhe ensinou a usar régua e compasso é o primeiro a discutir seu traço... Decidi, então, não me abater e seguir em frente.
♪Ando devagar porque já tive pressa
E levo esse sorriso porque já chorei demais
Hoje me sinto mais forte, mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza de que muito pouco eu sei,
eu nada sei...♪
♪♪♪
♪Penso que cumprir a vida seja simplesmente
compreender a marcha, ir tocando em frente...♪
(Tocando em frente, Almir Sater/ Renato Teixeira)


quarta-feira, 9 de março de 2011

Novo início, feliz 2011!

Costuma-se dizer que a fantasia acaba na quarta-feira de cinzas. Então, vem o choque de realidade: acorde!

O ano começou com aquele jeito de que não será como você planejou...

Desanimar? Nunca - chegou a quarta-feira de cinzas.

Olho no plano geral, revisão de metas, ajuste no cronograma. É quarta-feira, faça a realidade lhe ser favorável.

Se o ano tem início depois do carnaval, a quarta-feira de cinzas é o marco-zero.

E se tinha algo lhe incomodando até agora, aproveite a quarta-feira para chutar o balde e estabelecer um novo início para a sua história em 2011. A hora é agora.

Se você, entretanto, é um dos meus diletos leitores do sexo feminino, chute o balde sem perder a ternura jamais (ouvi essa ontem, dia internacional da mulher: é preciso manter a ternura, meninas - alguém merece?). Então sugiro Coração Tranquilo:

"Tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo" (Walter Franco).

domingo, 6 de março de 2011

Pitada de Descanso

Acho que me desacostumei com o ritmo da facul...

Comecei a semana passada já pensando no recesso de carnaval - coisa feia!

Então aproveitei o domingo de Momo para descansar muuuuuito.

Confesso, então, que escrevo só para dizer: Presente!

Volto na quarta com um post bacana (ainda se fala bacana?), prometo.

Beijos e espero que estejam aproveitando muito o Carnaval, diletos leitores.

Até quarta, com todo o pique!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Pitada de Geografia com um pouco de saudade

Ontem foi o aniversário da Cidade Maravilhosa - são 446 anos de história.

Como boa carioca não posso deixar passar em branco.

Morei no Rio até os quatro anos de idade, quando meus pais vieram a trabalho para São Paulo.
 
Nas férias, eu ia para o Rio, para a casa da minha avó paterna, todos os anos. A programação da vó incluía praia, visita ao Pão de Açúcar, à Quinta da Boa Vista, aos primos de Magé.

Até que, aos 21 anos, fiz o vestibular para a UFRJ e passei. Fui, então, morar com os meus primos e minha vó "Glantina" em Pau Grande, Magé, no fundo da Baía de Guanabara.

Meus amigos de Sampa, quando me encontravam nesses primeiros meses de facul no Rio, queriam saber se eu ia muito à praia, se frequentava a Barra, se estava sempre no Leblon (meu sonho sempre foi ser uma personagem de Manoel Carlos).

Alô!!!! Eu morava em Magé e estudava na Ilha do Fundão. Frequentava no máximo o centro do Rio. Mas quem não é do Rio não entende mesmo essa geografia.

Vamos lá! Acompanhemos os lugares em que morei durante os meus oito anos de facul (seriam cinco, mas prolonguei meu curso, depois eu falo mais a respeito) e a localização da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU):

A - Pau Grande, Magé (pertence à Região Metropolitana do Rio)
B - Ilha do Fundão, onde estão algumas faculdades da UFRJ como a FAU
C - Praia do Flamengo
D - Ilha de Paquetá
E - Glória
E - Méier

Nos dois primeiros anos de faculdade morei em Pau Grande (PG). Depois passei uma temporada na casa da minha avó materna, na Praia do Flamengo. Em 2000 fui morar na Ilha de Paquetá, a 40 minutos de barca do Centro, um ótimo lugar para uma futura urbanista - todos andavam de bicicleta na ilha (menos eu, porque não sei mais), carros somente da administração e serviços públicos. Voltei em 2001 para o Rio e morei por um tempo na Glória (perto do Flamengo). Em menos de um ano fui finalmente para o Méier, numa casa que pertencia à minha vó paterna.

Na verdade, voltei para o Méier. Morei nessa mesma casa nos primeiros anos de vida. Quando criança era nela que passava as férias.

Nessa época em que voltei para o Méier, estagiava no Centro. E, graças aos colegas do estágio, comecei finalmente a curtir o Rio. Sim, porque antes eu até saía aqui e ali, mas não conhecia muitos lugares na cidade.

E qual era a diversão de morar no Rio e curtir o Rio aos 20 e poucos anos de idade? 
  • Estar a um ônibus da praia (passei a frequentar a praia mesmo sozinha, afinal valia a pena) e sair de casa só com a roupa do corpo e a carteira no bolso: cadeira, guarda-sol, bebida gelada e um olho na roupa eram itens disponíveis na barraca da praia;
  • Ir  ao cinema no Cine Palácio (acho que está fechado atualmente), no centro, depois de comprar Ruffles na loja Americanas ao lado;
  • Ir às happy-hours dos barzinhos do Downtown, na Barra; dos quiosques da Lagoa; dos barzinhos do Arco do Teles (um lugar no Centro, cheio de história); dos barzinhos da Lapa (ainda sem o retorno do Circo Voador); dos barzinhos da Cinelândia;
  • Entrar no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) para ver uma exposição às 14h e não ter hora para sair, emendando um programa no outro dentro do próprio CCBB;

Como puderam observar, diletos leitores, happy-hour era meu programa predileto. Frequentava também bastante cinema e museus. Acho que foi a época da minha vida que mais fiz programas culturais - saía  barato. Às vezes me esquecia de que vivia numa cidade violenta.

Já não vou ao Rio há quatro anos, não sei como estão hoje esses meus locais de diversão. Se alguém souber, conte-me.


Até sábado!

    domingo, 27 de fevereiro de 2011

    Contagem Regressiva

    Oba! Finalmente chegou o grande dia: Oscar.

    Esse ano estou na torcida pelos prêmios de melhor ator e atriz.

    Natalie Portman, em Cisne Negro é minha aposta para atriz e Colin Firth, em O Discurso do Rei, para ator.

    O Discurso do Rei

    Sobre a Natalie já falei em Quando o inimigo é você.

    O filme de Firth foi bem melhor do que eu esperava. No ano passado ele estava cotadíssimo por Direito de Amar (A single Man). Eu torci por ele, achei a interpretação primorosa do professor que perde seu parceiro em acidente. O filme achei lento demais na minha humilde opinião.

    Direito de Amar


    Sou fã de Firth desde Bridget Jones (Bridget Jones's Diary, Sharon Maguire, 2001 e The Edge of Reason, Beeban Kidron, 2004). Depois do primeiro filme, comecei a prestar mais atenção à carreira desse brilhante ator inglês.

    O Diário de Bridget Jones / Bridget Jones: no Limite da razão

    Em Simplesmente Amor (Love Actually, Richard Curtis, 2003) e Moça com Brinco de Pérola (Girl with a Pearl Earring, Peter Webber, 2003), ele estava perfeito.


     Simplesmente Amor
    Moça com Brinco de Pérola
















    E, como fã, fui atrás de participações dele em produções mais antigas. A que mais gosto é Colin como Mr. Darcy - não, não o da Bridget, diletos leitores, mas o de Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 1995), uma adaptação para a televisão do livro homônimo de Jane Austen em seis episódios. Simplesmente adoro!

    Orgulho e Preconceito


    Bem, agora voltando a Firth e a premiação de hoje, realmente espero que ele ganhe. Ele está, como sempre, na medida certa e as cenas com Geoffrey Rush, o fonoaudiólogo do rei, são excelentes. O filme todo me agradou: elenco, direção de arte.

    Agora é só esperar pela 83ª Premiação do Oscar que será transmitido pela Globo, na televisão aberta, e pela TNT, na fechada. É possível também acompanhar a festa via internet, leia mais aqui.

    Na TNT o burburinho no tapete vermelho começa às 21:00h (adoro!) e a premiação às 22:00h, com comentários de Rubens Ewald Filho.

    Na Globo, a transmissão começa após o BBB11 (alguém merece isto? Nada faz a Globo entrar no horário certo no Oscar, há anos... será que esse ano será direfente?) com Maria Beltrão e José Wilker. Gosto muito dos dois apresentando o evento.
     
    Bom Oscar a todos nós e até quarta!

    quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

    Sobre séries: um outro vício

    Desde Caminho das Índias (2009) não acompanho novela. O motivo me parecia simples: cansei do formato. Não consigo me prender mais a esse tipo de programa. Pelo menos essa era a razão racionalizada por mim.

    Mas, já há algum tempo, desconfio de que me enganei.

    Explico: assisto às séries dos canais fechados e cada vez mais os episódios ficaram parecidos com os capítulos das telenovelas - interligados.

    Acompanho, atualmente, as seguintes séries: Fringe, The Vampire Diaries, The Big Bang Theory, V, Law and Order, Law and Order S.V.U., Law and Order L.A., The Event, Brothers and Sisters, House, The Good Wife, Being Human (a original inglesa), Damages, True Blood. 



    As séries têm capítulos semanais, recessos no meio das temporadas e épocas distintas de exibição, por isso nunca estou assistindo verdadeiramente a todas ao mesmo tempo.

    Tirando as séries da franquia Law and Order, The Big Bang Theory e House, todas as outras requerem acompanhamento capítulo a capítulo. 

    Em Law and Order, por exemplo, você só precisa saber que é uma série policial (o que se nota nos primeiros minutos de programa com a clássica frase de efeito dos detetives). A cada episódio um novo caso é abordado (com rara exceção para episódios duplos de início ou fim de temporada).

    As demais precisam ser vistas na sequência, para se acompanhar a história. Então, fico como na época da novela, ansiando pelo "próximo capítulo".

    Nem sempre foi assim a minha relação com o mundo dos "enlatados" estrangeiros. Lembro que, quando criança, gostava de Magnum (entregandoaidade.com) e não ficava chateada de perder um ou outro episódio.



    Uma série que curti muito foi Friends. E apesar de conhecer a história do seriado por completo, ainda me surpreendo com episódios que nunca vi, vez ou outra, no canal Warner (que reprisa a série pela enésima vez).
     















    Não posso deixar de mencionar aquelas séries que preenchem os dias de preguiça, também diversão garantida sem compromisso, como Two and a Half Man, The Middle, The Family Guy (esse é um desenho politicamente incorreto que merece um post à parte, um dia).

    Admito que adoro as minhas séries e reconheço um certo vício, apesar de não me preocupar  muito com o horário para assistí-las, pois são reprisadas com frequência e posteriormente vendidas em boxes (aqueles que contêm temporadas completas para ver e rever quantas vezes quiser).

    É preciso fazer uma observação sobre essa comodidade da liberdade de horário: finalmente alcançou as novelas - minha irmã comentou que perdeu o capítulo da sua favorita e conseguiu vê-lo no youtube.

    Acho que apenas transportei meu vício por novelas (um problema nacional, não é culpa minha!) pela dependência das séries.
    E vou encerrando por aqui porque hoje tenho um episódio inédito para ver!
    Até domingo!

    domingo, 20 de fevereiro de 2011

    Quando o inimigo é você

    Já teve a sensação que às vezes você mesmo se sabota?

    Sabe aquela entrevista para a qual você foi indicado, mas por questões diversas acaba desmarcando; ou quando você é convidado para trabalhar com pessoas incríveis (verdadeiros ídolos na sua área), tem a coragem de realizar o trabalho, mas não mantém contato por timidez; ou ainda melhor: quando você aceita trabalhar com um colega que já demonstrou ter dificuldades em cumprir metas e você concorda com o prazo curto sugerido pelo chefe?

    Por várias vezes na minha vida percebi que estava me boicotando. Por ação ou por omissão. Por medo de falhar preferia não tentar, desistia. Ou me candidatava a coisas totalmente contrárias à minha natureza, só para ser vista como legal.

    Só percebi esse meu defeito, entretanto, quando fui morar sozinha, na época da faculdade de Arquitetura. Na primeira falha, pronto: simplesmente desistia até me sentir à altura do desafio. Ou aceitava engolir sapos para ser "bacana".

    O pior foi notar que quando desistimos somos apenas perdedores. Não importa se a sua intenção foi desistir para se preparar para ter melhor desempenho (mesmo porque isso não faz sentido; tentando, errando e aprendendendo com os erros é que conseguimos vencer os obstáculos). Não adianta se preparar na teoria; é preciso está lá, correndo todos os riscos, para se saber como ter êxito.

    E que quando concordamos com algo para satisfazer os outros estamos sendo falsos (conosco!).

    Essa luta interna é para mim uma constante... Frequentemente me policio para verificar se não estou me passando a perna.

    Vendo Cisne Negro (Black Swan, Darren Aronofsky, 2010) lembrei-me das vezes em que percebi que meu inimigo estava no espelho.



    O filme permite várias leituras e interpretações (fiquem tranquilos, não contarei o filme aqui), mas o aspecto que mais me chamou a atenção foi a batalha que a bailarina Nina enfrenta na busca pela perfeição da sua arte. Adorei o filme. Vi, revi e devo vê-lo novemente ainda antes do Oscar.

    E claro estou na torcida pela Natalie Portman para a estatueta de melhor atriz. Por esse trabalho e pelo conjunto da obra - a menininha de O Profissional (Léon, Luc Besson, 1994) cresceu e confirmou as espectativas, é uma grande atriz.


    Quanto à mim, sigo vencendo eu mesma diariamente.

    P.S.: as imagens são do Adoro Cinema.

    Pitada de Disciplina

    Diletos leitores,

    A partir dessa semana as publicações do Arquiideias terão dias fixos - domingos e quartas-feiras.

    Preciso tentar ser mais disciplinada com o blog para que não o negligencie como nos anos anteriores.

    Tá - papo reto: se eu não me impor um calendário acabo deixando de escrever assim que começarem as minhas aulas. E escrever me faz bem de diferentes formas... vocês nem imaginam.

    Assim, vou tentar seguir ao máximo esse compromisso de dois posts semanais mais para o meu próprio bem. Prometo tentar deliciá-los com textos interessantes durante o processo.

    quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

    Pessoa, Plural

    Ontem fui pela primeira vez ao Museu da Língua Portuguesa.

    Na época de colégio, frequentava a região da Luz como caminho para ir para casa. Na verdade, adorava  a estação ferroviária e seu entorno. Ficava nos arredores do jardim, na companhia de um amigo (salve, Chris!), conversando sem medo dos tipos que frequentavam a região nos anos 90, para o desespero da minha mãe.

    Sempre adorei andar pelo centro de São Paulo e a região da Luz era um dos meus locais preferidos.

    Depois de ir morar no Rio, e agora morando em Sanca, raramente passo pela Luz e, quando isso ocorre, é com rapidez, sem tempo de olhar para os lados.

    Tenho um interesse particular por estações de trem, desde a época da facul de Arquitetura; andava pela Central do Brasil, no Rio, com desenvoltura. O meu trabalho de conclusão de curso teve início com uma pesquisa sobre a primeira linha ferroviária do Brasil, inaugurada em 1854 (falo mais em outro post...).

    Ontem fui com calma à Luz. A estação está tão bonita!!!

    Desde que soube da inauguração do Museu da Língua Portuguesa, fiquei curiosa para ver como seria um museu sobre a nossa língua. Gostei muito.

    No primeiro andar do museu, a exposição sobre Fernando Pessoa destaca a biografia do autor e de seus heterônimos. Trechos de Mensagem, único livro de poesia em português publicado por Pessoa, surgem como se escritos sobre areia da praia, de forma "mágica", numa instalação que deixa qualquer adulto de volta à infância. Senti falta de ver ali, em destaque, meu poema favorito - Poema em linha reta, de Álvaro de Campos.


    No segundo andar, são tantas coisas para ver e fazer que merece mais de um dia de visita, eu mesma não consegui aproveitar tudo. Em uma tela de mais de 100 metros de comprimento, a língua portuguesa é mostrada no cotidiano de seus falantes, em situações diversas: no futebol, no carnaval, na música, nas festas, e etc. Computadores ficam a disposição dos visitantes para mostrar as influências de outras línguas na composição do português falado no Brasil como o tupi, o iorubá, o francês, o espanhol, o inglês, etc. Há ainda o Beco das Palavras, um jogo que permite formar palavras e conhecer seu significado. São muitas coisas mesmo... terei de voltar.

    No terceiro andar do museu, a atração começa em um auditório com um vídeo sobre a formação da língua portuguesa falada no nosso país e segue rumo à Praça da Língua: uma experiência literária interessante - alguns autores falando seus textos, alguns atores emprestando sua voz a trechos da nossa literatura e imagens projetadas por todo o espaço da "praça".

    Senti-me criança mais uma vez nessa minha semana cultural. Estão sendo ótimos esses dias de diversão e arte em Sampa.

    P.S.: Para quem quer lembrar do Poema em linha reta, aqui está um vídeo muito bem feito, com a voz do saudoso Paulo Autran ao fundo:

    (no youtube tem um vídeo ótimo com o Osmar Prado citando o poema em O Clone, veja aqui):


    terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

    Pra não dizer que não falei das flores

    Sobre os acontecimentos de um fim de noite em Sampa.

    Mais uma vez assisti ao ótimo filme À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006) com Will Smith, na Tela Quente na Globo. Confesso que isso aconteceu contra a minha vontade. Minha mãe não conhecia o filme e eu apenas disse "É bom, mas muito triste. Sempre prefiro não assistí-lo". No fim, cedi.

    A busca do protagonista é pelo ganha-pão, pelo teto por mais algumas semanas, pelo direito de dar o mínimo ao seu filho. Além disso, o que é conquistado é bônus: ele não buscava o sucesso, na minha opinião, procurava sobrevivência sem medo de arriscar, quando necessário. Como em um dos lemas que tento seguir: recuar dois passos para avançar um.

    Às vezes não percebemos que quando estamos numa caminhada segura rumo às nossas conquistas, os passos recuados são apenas lembranças de dias difíceis, impulso para seguir em frente.

    Esse pensamento de botequim não faz meu gênero, mas é extatamente assim que me sinto.

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    Depois do filme, veio o jornal do Waack que adoro.

    Logo no início, apareceu o especial sobre trabalho - falando das vagas que não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada - e me fez lembrar de uma reportagem do Fantástico do último domingo - aquela das professoras inaptas para trabalhar por decisão médica. Sobre o assunto indico o Professora gorda não deve trabalhar. Ordens médicas no blog Escreva Lola Escreva. Aqui só quero deixar registrada a minha indignação.

    Antes eu era de uma raça inferior, depois percebi que pertencia ao sexo errado e agora me descubro inapta por recomendação médica para exercer a profissão que escolhi.

    E nós estamos evoluindo... quando acho que superei algo, uma novidade aparece. E pensar que, aos 20 anos, tudo o que eu queria era ser 10 quilos mais gorda para conseguir me olhar no espelho sem medo.

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    E pra não dizer que não falei das flores, parodiando o querido Vandré, estou lendo Renato Russo: o filho da revolução, do jornalista Carlos Marcelo, editora Agir.

    Estou adorando o livro, um mergulho na história recente do país para trazer à tona as influências que marcaram e ajudaram a moldar o vocalista da Legião Urbana (uma das minhas bandas favoritas dos anos 80); fala sobre sua vida desde os tempos de colégio até se tornar um grande ídolo do rock nacional.

    É claro que discorrendo sobre o percurso de Renato (1960-1996) e o momento histórico em que está inserido, o nome de Vandré foi mencionado e sempre é bom lembrar dos bons artistas que temos.


    Porque nem tudo deve ser ruim numa segunda-feira em São Paulo.

    E nem tudo é diversão e arte.

    (Hoje não mencionarei o assalto ocorrido ontem no Shopping Morumbi, local que frequentei bastante nos anos 90. Também não falarei sobre a ótima tarde que passei no MASP).

    segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

    Islã, Lágrimas e Livros

    Ontem foi dia de cultura!!! Adoro São Paulo e suas várias possibilidades de ver o mundo.  Aproveitando minha semana de férias aqui, preparei um roteiro cultural intenso.

    Ontem me propus ir ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e à Caixa Cultural São Paulo, ambos no centro.

    Saímos, eu e tia Nilce (a dos croquetes), de ônibus Eldorado-Praça João Mendes. O ponto final era na Liberdade, quase na praça, onde estava acontecendo a famosa feirinha. Fiquei louca para comer aquelas delícias da culinária nipônica debaixo de uma barraca, sob o sol, naquele burburinho... Adoro! Resisti, porém, e mantive a programação seguindo para o CCBB.

    quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

    Dica Rápida

    É o desafio dos 4 ícones que o blog do Almir de Freitas mostra hoje.
    2 filmes e 2 livros em 4 ícones

    Com quatro ícones, o designer Kyle Tezak, sintetiza o nome de filmes e livros.

    Eu só acertei um filme e um livro. Passe lá no blog do Almir e divirta-se.

    Se quiser, depois conta aqui quais você decifrou.

    sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

    Beleza Negra

    Coisa rápida, hoje o dia está corrido.

    No dia de início da São Paulo Fashion Week, eu não poderia deixar de falar de moda (ou quase).

    Dando uma olhada na programação e nos burburinhos pré-evento achei esse vídeo do GNT Fashion (programa do canal a cabo GNT sobre moda)  falando de Beleza Negra (foram feitas entrevistas nos bastidores do Fashion Rio) com dicas de maquiagem e de como cuidar das madeixas nervosas.

    Sobre maquiagem, adorei os comentários sobre base e blush, ítens difíceis de achar para a nossa pele - o tom certo é quase um milagre.

    Para os cabelos foram excelentes as dicas, nós mulheres negras agradecemos qualquer pista de como manter domados ou não nossa cabeleira rebelde.




    P.S.1: O GNT Fashion como sempre vai cobrir o evento. Quem não puder ver pela televisão, acesse o site do programa que costuma disponibilizar vídeos dos desfiles.

    P.S.2: Só para indicar os sites da M.A.C. Cosmetics. O de e o daqui. Como diz uma amiga - um brinco!

    P.S.3: Esse post foi atualizao em 31.01.2011.

    terça-feira, 25 de janeiro de 2011

    Mais um Programa Culinário? NÃO!!!

    Para quem não sabe, eu adoro cozinhar. E Mô (meu namorado quase marido) também. Às vezes cozinhamos juntos, outras vezes cada um defende suas cores na cozinha.

    Como gostamos de cozinhar, acho que é por isso, adoramos programas culinários. Normalmente eu assisto os do canal GNT, na Tv a cabo: o do Claude Troisgros, o do Olivier Anquier, o do Jamie Oliver, o da Nigella.

    Nos tempos de televisão aberta assistia Ana Maria mesmo (Acorda, menina!), com direito a Louro José e tudo - confesso que adorava as receitas e o "solta os cachorros" quando tudo dava certo.

    Mas existe um programa que junta culinária e humor e é impagável: Larica Total, do Canal Brasil. Quem já morou sozinho conhece a filosofia do guerreiro da cozinha, salve Paulo!

    Paulo, o apresentador, é hilário!!! Faz as receitas mais inusitadas e quando essas são tradicionais, ele dá um jeito de subverter algo - na apresentação do programa, na adapatação dos ingredientes, no modo de fazer.

    Mesmo para quem não tem acesso ao Canal Brasil é possível acompanhar as aventuras desse ilustre chef da cozinha de guerrilha pela rede - no site do Canal Brasil, no site do próprio Larica e no YouTube (olha a chamada do programa!).

    A cozinha de guerrilha é aquela executada com os ingredientes básicos, com pouco dinheiro, onde tudo deve ser adaptado à realidade nua e crua, como explica o próprio Paulo no site:
    As receitas são totalmente baseadas na realidade da geladeira brasileira do trabalhador limite. Brasileiros guerrilheiros de todas as cores, lutadores do audiovisual, garimpeiros do sistema financeiro, explorados pelo magistério, mágicos do mercado popular, hipnóticos das lojas de peruca, sonhadores da faculdade distante, solitários dos bares da esquina, feios da festa de lindos, puxadores do samba de tarde. Os homens e as mulheres da necessidade, da ausência, do improviso do Brasil (O que é Larica Total?).
    O último programa a que assisti foi o do Filé- Mignon com Arroz à Piemontesa (um luxo conquistado com o fim do cofrinho), um clássico da gastronomia executado pelo chef guerrilheiro Paulo. Precisa de um tempinho para assistir ao vídeo (15 minutos de duração), mas vale a pena. Aqui segue o vídeo do Canal Brasil.



    P.S.: O apresentador do programa é o Paulo Oliveira, uma figura interpretada pelo ator Paulo Tiefenthaler.

    segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

    Pitada de Blues

    Não sou conhecedora de blues, reconheço alguns cantores e as melodias "batidas".

    Por isso fica difícil fazer uma crítica justa e isenta (isso existe???) sobre o mais recente álbum de Cyndi Lauper, Memphis Blues. Lançado em meados do ano passado traz 11 faixas dedicadas ao ritmo (no Brasil o álbum saiu com mais duas bônus).

    Mas se não me atrevo a falar do ritmo, posso certamente discorrer sobre as minhas impressões sinceras.

    É bom quando vemos um ídolo ativo - trabalhando, batalhando seu espaço - sem se deixar acomodar nas receitas fáceis de êxito.

    Seu último álbum de estúdio fora  Bring Ya to the Brink (gosto muito), lançado em 2008, que tem uma batida dançante. Como diz a crítica do Yotta Pop, ela poderia ter mantido esse estilo que fez Bring... ser bem recebido, mas optou por se arriscar.

    Ainda estou descobrindo Memphis Blues. Na primeira vez que o ouvi fiquei surpresa, achei tão diferente da Cyndi que eu conhecia...

    Não é isso, porém, que mais admiro em um artista? A infinita possibilidade de se reinventar, experimentar, mostrar-se vivo?

    Dei nova chance ao álbum e não me arrependi. Pelo contrário, gostei muito.

    Dá para curtir toda a particularidade da voz de Cyndi nesse CD.


    Em tempo: conforme falado aqui anteriormente ela fará shows no Brasil em fevereiro / março em Recife, Rio, Sampa, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Porto Alegre (atenção: houve mudanças nas datas e locais dos shows).

    Mais informações sobre as apresentações no Brasil (podendo concorrer a ingressos, inscrições até 06 de fevereiro!!!) no Cyndi Lauper Brasil.

    quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

    Revista Francesa: Je t'ai flu fli!

     Caros leitores, dêem uma passada no blog indicado abaixo...


    Revista Francesa: Je t'ai flu fli!: "Aí vai um incentivo para quem acaba de começar a aprender francês e está achando o idioma muito complicado. Afinal, ninguém pode ser tão rui..."

    terça-feira, 18 de janeiro de 2011

    Pitada de Melancolia

    Quando morei em Pau Grande (PG), lugarejo pertencente a um distrito de Magé (RJ), na casa dos meus primos, na época da facul de Arquitetura, recebia influências musicais variadas. Com a galera da facul  eu ouvia O Rappa, Farofa Carioca, Skank, além do bom samba e do péssimo funk (peço já desculpas para quem gosta, mas eu não consigo...).

    Eu e meus primos íamos aos shows que surgiam nas proximidades - era ainda tempo de axé e sambanejo (grupo de samba+coreografia+rimas pobres). Mas em casa ouvíamos Meio Desligado do Kid Abelha e ...Best II dos Smiths.

    (O meu amor pelo Kid fica para um outro post. Aliás o site oficial da banda está muito bom tanto no visual quanto nas informações)

    Conheci os Smiths ainda na época de colégio, por conta de um amigo fã do Morrissey, vocalista da banda. Mas somente em PG a admiração pelo grupo inglês virou paixão... Tudo graças ao meu primo Márcio e o seu ...Best II. Era simplesmente o máximo... Eu o ouvia sem parar... Sabe aquele cd em que todas as músicas são excelentes?

    Dia desses, estávamos sem TV (a coitada se suicidou depois de 8 anos...) e eu comecei a vagar pelo youtube relembrando esses anos finais da década de 90, época da facul. Fiz Mô, meu namorado quase marido, ouvir comigo várias músicas que eu curtia na época... Dido, The Cranberries, Everything but the girl... quase tudo ele acha droga pesada, como diz. Abre exceção para os Cranberries, mas é só. Então, conversando sobre música, lembrei-me dos Smiths... claro, eles são da época dourada dos anos 80 (época que venero),  mas eu me apropriei mais das músicas do grupo na década seguinte, como já disse.

    Para quem foi fã de Legião, como eu, dá para  notar a influência de Morrissey no trabalho de Renato Russo facilmente.

    Esse cd saiu em 1992. Eu o resgatei em 1997, 1998, primeiros anos de facul. Eu ouvia faixa a faixa e ainda abusava do repeat.

    Voltei a resgatar o cd e ainda gosto dele por inteiro, mas hoje indicaria três faixas: Oscillate Wildly, That Joke Isn't Funny Anymore e There Is a Light That Never Goes Out. A primeira é instrumental e as letras das outras duas são muito boas... um tanto triste... agora estou pensando se eu estava um pouco melancólica na época... Mas são boas canções na minha humilde opinião. Para quem não conhece ou para quem quer recordar:








    domingo, 16 de janeiro de 2011

    Apenas mais um domingo

    Adoro dia normal... Bem família... Pela manhã supermercado, jornaleiro.

    Depois cozinhar pro marido (juro que tentei fazer o Suflê de Queijo do Olivier Anquier, falhei com orgulho, não desistirei) , ler o jornal, ler as revistas.

    Aliás comprei duas revistas interessantes: uma é a Língua Portuguesa e a outra é Literatura.

    Os temas abordados nas edições de janeiro de ambas estão bem em sintonia com os meus interesses atuais: leitura, contos de fadas, contadores de histórias. A primeira traz em seu site o conteúdo completo da edição impressa; já a segunda libera apenas o conteúdo da edição anterior.

    Em época de férias da facul, tarde de domingo significa ler e dormir. Que bom!!! Sem medo da segunda-feira. Ou quase... Tenho um dia agitado amanhã, mas esse pepino que arrumei logo no início do ano fica para um outro post.

    Agora estou curtindo o lado glamour da minha paixão por cinema (ou lado futilidade total)... estou acompanhando o Globo de Ouro, torcendo pela Natalie Portman em Cisne Negro (Black Swan) que estreará em terras brazucas em 4 de fevereiro.

    segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

    Mais uma campanha antifumo?



    Não... Finalmente assisti ao
    É Proibido Fumar (2009)
    de Anna Muylaert.


    Não sei bem o que esperava do filme. Sabia das ótimas críticas, dos prêmios recebidos, mas não lera muito a respeito do que se tratava o filme.


    Então, quando acabou e eu fiquei frenética, querendo conversar, trocar idéias, percebi que estava diante de bom cinema.

    Aí me veio a curiosidade de ler os diversos comentários publicados. Há análises muito boas na rede que me acalentaram (?!!) o coração. Indicarei dois sites no fim do post, mas alerto que contêm spoilers.

    Ao acabar o filme minha cabeça só pensava "como assim???".

    A história é simplesmente construída: mulher que mora sozinha elege o novo vizinho como futura conquista. Há tanta coisa, porém, contida nessa simples frase.

    Destrinchando o que foi dito, a partir das primeiras imagens que surgem no filme, poderia completar: professora de violão que dá aulas em seu próprio apartamento, solitária, acomodada, capaz de brigar por um sofá herdado de uma tia, resolve colorir sua vida com envolvimento com vizinho músico e logo descobre que ele, como todo ser humano, tem passado - entendendo passado aqui como os ex que nos acompanham a existência: ex-namorado, ex-amante, ex-marido - e no caso dele uma ex-mulher que fazia um salmão no forno melhor que a nossa protagonista.

    A partir dessa simplicidade que está ao alcance de todos nós, desenrola-se o filme que fui assistindo como mais uma comédia romântica (que bom, era o que eu estava precisando, filme do tipo menina-conhece-menino-e-se-apaixona) até que uma reviravolta é imposta e eu comecei a ficar tensa esperando o desfecho do ocorrido. Foi bem legal.

    O que também me agradou muito no filme e parece ser um recurso recorrente do bom cinema nacional foram as participações especiais de qualidade: a família Abujamra como vizinhos, Marisa Orth como a irmã bem-sucedida, Lourenço Mutarelli como o corretor.

    Aliás as cenas do corretor mostrando o apartamento vizinho são engraçadas... ele numa "animação" ao mostrar as qualidades do imóvel... e quando a personagem de Pitty (também em participação especial) comenta ter percebido um cheiro estranho no apartamento e ele na maior inocência diz não ter olfato? Quem nunca conheceu um corretor "cara de pau" que atire o primeiro óleo de peroba.

    Os personagens principais são defendidos pela sempre excelente Glória Pires e pelo titã-ator Paulo Miklos que não faz feio perto da grande atriz.

    A trilha sonora é legal e ajuda bem a compor as cenas - há uma discussão sobre a superioridade ou não de Chico Buarque sobre Jorge Ben Jor bem típica de início de relacionamento.

    Depois de digerir o que assisti, percebi que gostei do filme porque contando uma história simples ele me sugeriu duas ponderações:
    • o amor cúmplice que se forma em todo casal, conscientemente ou não - o que na realidade pode ser uma cumplicidade que te faz crescer ou que te sufoca,
    • a noção de certo e errado que me é muito cara - sempre sou rotulada de certinha e isso me aborrece um pouco, mas estou trabalhando para aceitar o rótulo, fazer o quê?
    Acabou o filme e eu fiquei pensando...

    Enfim, recomendo!

    Comentários sobre o filme nos sites Filmes Polvo e 50 anos de Filmes.

    Entrevista com a diretora Anna Muylaert na Academia Brasileira de Cinema.


    segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

    Retrospectiva 2010

    Deixo aqui a primeira dica de leitura do ano - o post Retroperspectiva da Bap.

    Crítica e bom humor em dose certa.

    Passe lá, leia e deixe um comentário (nós escritores gostamos de comentários).

    Reencontros, Festas e Metas

    Adeus 2010!

    Mais um ano se foi e as metas para o próximo já foram estabelecidas.

    Em 2010 Mô (meu namorado, quase marido) e eu estabelecemos que não passaríamos as festas de fim de ano em casa.

    Assim, o Natal passamos com a família dele, o Ano Novo passamos com a minha.

    Os reencontros com os entes queridos e amigos sempre me fazem bem e com certeza me dá forças para as mudanças pretendidas para a minha própria vida.

    Lembrei-me dos tios que se foram - em 2010 perdi três tios - falei da minha nova paixão, a Faculdade de Letras, ouvi sobre as paixões e metas dos outros (o que sempre me faz refletir sobre as minhas próprias metas e paixões).

    **********

    Sobre os tios que se foram só dá para dizer que o ruim de uma perda de uma pessoa querida é saber que nada mais pode ser feito. Não dá mais para agradecer pelos bons momentos, pelos conselhos dados e aproveitados, pelas histórias contadas e recontadas durante a infância.

    Com a reflexão sobre essas perdas lembrei-me de que nada é eterno, tudo é bem mais breve do que imaginamos e que o hoje é a fatia do tempo mais importante - o passado traz boas recordações mas só ajuda nas reflexões, o amanhã é incerto e os objetivos só serão alcançados se alicerçados em atitudes do presente.

    **********

    Participei ativamente na realização da ceia de Ano Novo.
    Como gosto de cozinhar! Deveria cozinhar mais...
    Camarão ao Catupiry®, Bacalhau à Portuguesa, Lombinho ao Forno... delícia.

    Dediquei-me com afinco ao camarão - receita fácil de resultado surpreendente. Não sei dar receitas, mas seguem as dicas:

    - Camarão com casca e cabeça, a quantidade depende do número de porções que se pretende servir mas pode-se partir de 1 kg para cada 4 porções. Se você tem uma tia Nilce, essa é a melhor opção. A tia descasca o camarão e retira as cabeças.

    - Cozinhe as cascas e as cabeças com um pouco de sal e ervas, coe e reserve o caldo. Tempere o camarão com alho e pouco sal.

    - Com parte do caldo, a tia faz croquetes (como disse em Para quê querer voltar? - Seção Gastronômica, a tia faz croquete até de pedra - esses de camarão ficaram maravilhosos: a massa foi feita a partir do caldo e ela ainda recheou os croquetes com camarão cozido!).

    - Numa panela grande frita-se alho em azeite quente. Depois, junta-se a cebola até ficar transparente. Então coloca-se o camarão e mistura-se bem. Junte dois a três tomates picados e deixe cozinhar por dez minutos, juntando o caldo aos poucos. Corrija o sal, se necessário. Isso pode ser preparado com antecedência.

    - Na hora de servir, coloca -se o Catupiry® - como fizemos em quantidade usamos toda a embalagem redonda (400g) e um copo de requeijão (para não ficar um creme muito espesso).

    - Serve-se com arroz branco e batata palha. Lá na casa de minha mãe comemos tudo misturado. Eu preferi o camarão acompanhado de arroz com brócolis e farofa. Teve gente que comeu o camarão junto com o bacalhau... bem, aí fica a gosto do freguês.

    **********

    2010 se foi.

    2011 vem com renovadas espectativas pessoais e profissionais.

    Aos poucos, meus poucos mas diletos leitores saberão quais são as metas para esse novo ano.

    Feliz 2011!