domingo, 27 de fevereiro de 2011

Contagem Regressiva

Oba! Finalmente chegou o grande dia: Oscar.

Esse ano estou na torcida pelos prêmios de melhor ator e atriz.

Natalie Portman, em Cisne Negro é minha aposta para atriz e Colin Firth, em O Discurso do Rei, para ator.

O Discurso do Rei

Sobre a Natalie já falei em Quando o inimigo é você.

O filme de Firth foi bem melhor do que eu esperava. No ano passado ele estava cotadíssimo por Direito de Amar (A single Man). Eu torci por ele, achei a interpretação primorosa do professor que perde seu parceiro em acidente. O filme achei lento demais na minha humilde opinião.

Direito de Amar


Sou fã de Firth desde Bridget Jones (Bridget Jones's Diary, Sharon Maguire, 2001 e The Edge of Reason, Beeban Kidron, 2004). Depois do primeiro filme, comecei a prestar mais atenção à carreira desse brilhante ator inglês.

O Diário de Bridget Jones / Bridget Jones: no Limite da razão

Em Simplesmente Amor (Love Actually, Richard Curtis, 2003) e Moça com Brinco de Pérola (Girl with a Pearl Earring, Peter Webber, 2003), ele estava perfeito.


 Simplesmente Amor
Moça com Brinco de Pérola
















E, como fã, fui atrás de participações dele em produções mais antigas. A que mais gosto é Colin como Mr. Darcy - não, não o da Bridget, diletos leitores, mas o de Orgulho e Preconceito (Pride and Prejudice, 1995), uma adaptação para a televisão do livro homônimo de Jane Austen em seis episódios. Simplesmente adoro!

Orgulho e Preconceito


Bem, agora voltando a Firth e a premiação de hoje, realmente espero que ele ganhe. Ele está, como sempre, na medida certa e as cenas com Geoffrey Rush, o fonoaudiólogo do rei, são excelentes. O filme todo me agradou: elenco, direção de arte.

Agora é só esperar pela 83ª Premiação do Oscar que será transmitido pela Globo, na televisão aberta, e pela TNT, na fechada. É possível também acompanhar a festa via internet, leia mais aqui.

Na TNT o burburinho no tapete vermelho começa às 21:00h (adoro!) e a premiação às 22:00h, com comentários de Rubens Ewald Filho.

Na Globo, a transmissão começa após o BBB11 (alguém merece isto? Nada faz a Globo entrar no horário certo no Oscar, há anos... será que esse ano será direfente?) com Maria Beltrão e José Wilker. Gosto muito dos dois apresentando o evento.
 
Bom Oscar a todos nós e até quarta!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Sobre séries: um outro vício

Desde Caminho das Índias (2009) não acompanho novela. O motivo me parecia simples: cansei do formato. Não consigo me prender mais a esse tipo de programa. Pelo menos essa era a razão racionalizada por mim.

Mas, já há algum tempo, desconfio de que me enganei.

Explico: assisto às séries dos canais fechados e cada vez mais os episódios ficaram parecidos com os capítulos das telenovelas - interligados.

Acompanho, atualmente, as seguintes séries: Fringe, The Vampire Diaries, The Big Bang Theory, V, Law and Order, Law and Order S.V.U., Law and Order L.A., The Event, Brothers and Sisters, House, The Good Wife, Being Human (a original inglesa), Damages, True Blood. 



As séries têm capítulos semanais, recessos no meio das temporadas e épocas distintas de exibição, por isso nunca estou assistindo verdadeiramente a todas ao mesmo tempo.

Tirando as séries da franquia Law and Order, The Big Bang Theory e House, todas as outras requerem acompanhamento capítulo a capítulo. 

Em Law and Order, por exemplo, você só precisa saber que é uma série policial (o que se nota nos primeiros minutos de programa com a clássica frase de efeito dos detetives). A cada episódio um novo caso é abordado (com rara exceção para episódios duplos de início ou fim de temporada).

As demais precisam ser vistas na sequência, para se acompanhar a história. Então, fico como na época da novela, ansiando pelo "próximo capítulo".

Nem sempre foi assim a minha relação com o mundo dos "enlatados" estrangeiros. Lembro que, quando criança, gostava de Magnum (entregandoaidade.com) e não ficava chateada de perder um ou outro episódio.



Uma série que curti muito foi Friends. E apesar de conhecer a história do seriado por completo, ainda me surpreendo com episódios que nunca vi, vez ou outra, no canal Warner (que reprisa a série pela enésima vez).
 















Não posso deixar de mencionar aquelas séries que preenchem os dias de preguiça, também diversão garantida sem compromisso, como Two and a Half Man, The Middle, The Family Guy (esse é um desenho politicamente incorreto que merece um post à parte, um dia).

Admito que adoro as minhas séries e reconheço um certo vício, apesar de não me preocupar  muito com o horário para assistí-las, pois são reprisadas com frequência e posteriormente vendidas em boxes (aqueles que contêm temporadas completas para ver e rever quantas vezes quiser).

É preciso fazer uma observação sobre essa comodidade da liberdade de horário: finalmente alcançou as novelas - minha irmã comentou que perdeu o capítulo da sua favorita e conseguiu vê-lo no youtube.

Acho que apenas transportei meu vício por novelas (um problema nacional, não é culpa minha!) pela dependência das séries.
E vou encerrando por aqui porque hoje tenho um episódio inédito para ver!
Até domingo!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quando o inimigo é você

Já teve a sensação que às vezes você mesmo se sabota?

Sabe aquela entrevista para a qual você foi indicado, mas por questões diversas acaba desmarcando; ou quando você é convidado para trabalhar com pessoas incríveis (verdadeiros ídolos na sua área), tem a coragem de realizar o trabalho, mas não mantém contato por timidez; ou ainda melhor: quando você aceita trabalhar com um colega que já demonstrou ter dificuldades em cumprir metas e você concorda com o prazo curto sugerido pelo chefe?

Por várias vezes na minha vida percebi que estava me boicotando. Por ação ou por omissão. Por medo de falhar preferia não tentar, desistia. Ou me candidatava a coisas totalmente contrárias à minha natureza, só para ser vista como legal.

Só percebi esse meu defeito, entretanto, quando fui morar sozinha, na época da faculdade de Arquitetura. Na primeira falha, pronto: simplesmente desistia até me sentir à altura do desafio. Ou aceitava engolir sapos para ser "bacana".

O pior foi notar que quando desistimos somos apenas perdedores. Não importa se a sua intenção foi desistir para se preparar para ter melhor desempenho (mesmo porque isso não faz sentido; tentando, errando e aprendendendo com os erros é que conseguimos vencer os obstáculos). Não adianta se preparar na teoria; é preciso está lá, correndo todos os riscos, para se saber como ter êxito.

E que quando concordamos com algo para satisfazer os outros estamos sendo falsos (conosco!).

Essa luta interna é para mim uma constante... Frequentemente me policio para verificar se não estou me passando a perna.

Vendo Cisne Negro (Black Swan, Darren Aronofsky, 2010) lembrei-me das vezes em que percebi que meu inimigo estava no espelho.



O filme permite várias leituras e interpretações (fiquem tranquilos, não contarei o filme aqui), mas o aspecto que mais me chamou a atenção foi a batalha que a bailarina Nina enfrenta na busca pela perfeição da sua arte. Adorei o filme. Vi, revi e devo vê-lo novemente ainda antes do Oscar.

E claro estou na torcida pela Natalie Portman para a estatueta de melhor atriz. Por esse trabalho e pelo conjunto da obra - a menininha de O Profissional (Léon, Luc Besson, 1994) cresceu e confirmou as espectativas, é uma grande atriz.


Quanto à mim, sigo vencendo eu mesma diariamente.

P.S.: as imagens são do Adoro Cinema.

Pitada de Disciplina

Diletos leitores,

A partir dessa semana as publicações do Arquiideias terão dias fixos - domingos e quartas-feiras.

Preciso tentar ser mais disciplinada com o blog para que não o negligencie como nos anos anteriores.

Tá - papo reto: se eu não me impor um calendário acabo deixando de escrever assim que começarem as minhas aulas. E escrever me faz bem de diferentes formas... vocês nem imaginam.

Assim, vou tentar seguir ao máximo esse compromisso de dois posts semanais mais para o meu próprio bem. Prometo tentar deliciá-los com textos interessantes durante o processo.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pessoa, Plural

Ontem fui pela primeira vez ao Museu da Língua Portuguesa.

Na época de colégio, frequentava a região da Luz como caminho para ir para casa. Na verdade, adorava  a estação ferroviária e seu entorno. Ficava nos arredores do jardim, na companhia de um amigo (salve, Chris!), conversando sem medo dos tipos que frequentavam a região nos anos 90, para o desespero da minha mãe.

Sempre adorei andar pelo centro de São Paulo e a região da Luz era um dos meus locais preferidos.

Depois de ir morar no Rio, e agora morando em Sanca, raramente passo pela Luz e, quando isso ocorre, é com rapidez, sem tempo de olhar para os lados.

Tenho um interesse particular por estações de trem, desde a época da facul de Arquitetura; andava pela Central do Brasil, no Rio, com desenvoltura. O meu trabalho de conclusão de curso teve início com uma pesquisa sobre a primeira linha ferroviária do Brasil, inaugurada em 1854 (falo mais em outro post...).

Ontem fui com calma à Luz. A estação está tão bonita!!!

Desde que soube da inauguração do Museu da Língua Portuguesa, fiquei curiosa para ver como seria um museu sobre a nossa língua. Gostei muito.

No primeiro andar do museu, a exposição sobre Fernando Pessoa destaca a biografia do autor e de seus heterônimos. Trechos de Mensagem, único livro de poesia em português publicado por Pessoa, surgem como se escritos sobre areia da praia, de forma "mágica", numa instalação que deixa qualquer adulto de volta à infância. Senti falta de ver ali, em destaque, meu poema favorito - Poema em linha reta, de Álvaro de Campos.


No segundo andar, são tantas coisas para ver e fazer que merece mais de um dia de visita, eu mesma não consegui aproveitar tudo. Em uma tela de mais de 100 metros de comprimento, a língua portuguesa é mostrada no cotidiano de seus falantes, em situações diversas: no futebol, no carnaval, na música, nas festas, e etc. Computadores ficam a disposição dos visitantes para mostrar as influências de outras línguas na composição do português falado no Brasil como o tupi, o iorubá, o francês, o espanhol, o inglês, etc. Há ainda o Beco das Palavras, um jogo que permite formar palavras e conhecer seu significado. São muitas coisas mesmo... terei de voltar.

No terceiro andar do museu, a atração começa em um auditório com um vídeo sobre a formação da língua portuguesa falada no nosso país e segue rumo à Praça da Língua: uma experiência literária interessante - alguns autores falando seus textos, alguns atores emprestando sua voz a trechos da nossa literatura e imagens projetadas por todo o espaço da "praça".

Senti-me criança mais uma vez nessa minha semana cultural. Estão sendo ótimos esses dias de diversão e arte em Sampa.

P.S.: Para quem quer lembrar do Poema em linha reta, aqui está um vídeo muito bem feito, com a voz do saudoso Paulo Autran ao fundo:

(no youtube tem um vídeo ótimo com o Osmar Prado citando o poema em O Clone, veja aqui):


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pra não dizer que não falei das flores

Sobre os acontecimentos de um fim de noite em Sampa.

Mais uma vez assisti ao ótimo filme À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006) com Will Smith, na Tela Quente na Globo. Confesso que isso aconteceu contra a minha vontade. Minha mãe não conhecia o filme e eu apenas disse "É bom, mas muito triste. Sempre prefiro não assistí-lo". No fim, cedi.

A busca do protagonista é pelo ganha-pão, pelo teto por mais algumas semanas, pelo direito de dar o mínimo ao seu filho. Além disso, o que é conquistado é bônus: ele não buscava o sucesso, na minha opinião, procurava sobrevivência sem medo de arriscar, quando necessário. Como em um dos lemas que tento seguir: recuar dois passos para avançar um.

Às vezes não percebemos que quando estamos numa caminhada segura rumo às nossas conquistas, os passos recuados são apenas lembranças de dias difíceis, impulso para seguir em frente.

Esse pensamento de botequim não faz meu gênero, mas é extatamente assim que me sinto.

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Depois do filme, veio o jornal do Waack que adoro.

Logo no início, apareceu o especial sobre trabalho - falando das vagas que não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada - e me fez lembrar de uma reportagem do Fantástico do último domingo - aquela das professoras inaptas para trabalhar por decisão médica. Sobre o assunto indico o Professora gorda não deve trabalhar. Ordens médicas no blog Escreva Lola Escreva. Aqui só quero deixar registrada a minha indignação.

Antes eu era de uma raça inferior, depois percebi que pertencia ao sexo errado e agora me descubro inapta por recomendação médica para exercer a profissão que escolhi.

E nós estamos evoluindo... quando acho que superei algo, uma novidade aparece. E pensar que, aos 20 anos, tudo o que eu queria era ser 10 quilos mais gorda para conseguir me olhar no espelho sem medo.

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E pra não dizer que não falei das flores, parodiando o querido Vandré, estou lendo Renato Russo: o filho da revolução, do jornalista Carlos Marcelo, editora Agir.

Estou adorando o livro, um mergulho na história recente do país para trazer à tona as influências que marcaram e ajudaram a moldar o vocalista da Legião Urbana (uma das minhas bandas favoritas dos anos 80); fala sobre sua vida desde os tempos de colégio até se tornar um grande ídolo do rock nacional.

É claro que discorrendo sobre o percurso de Renato (1960-1996) e o momento histórico em que está inserido, o nome de Vandré foi mencionado e sempre é bom lembrar dos bons artistas que temos.


Porque nem tudo deve ser ruim numa segunda-feira em São Paulo.

E nem tudo é diversão e arte.

(Hoje não mencionarei o assalto ocorrido ontem no Shopping Morumbi, local que frequentei bastante nos anos 90. Também não falarei sobre a ótima tarde que passei no MASP).

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Islã, Lágrimas e Livros

Ontem foi dia de cultura!!! Adoro São Paulo e suas várias possibilidades de ver o mundo.  Aproveitando minha semana de férias aqui, preparei um roteiro cultural intenso.

Ontem me propus ir ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e à Caixa Cultural São Paulo, ambos no centro.

Saímos, eu e tia Nilce (a dos croquetes), de ônibus Eldorado-Praça João Mendes. O ponto final era na Liberdade, quase na praça, onde estava acontecendo a famosa feirinha. Fiquei louca para comer aquelas delícias da culinária nipônica debaixo de uma barraca, sob o sol, naquele burburinho... Adoro! Resisti, porém, e mantive a programação seguindo para o CCBB.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Dica Rápida

É o desafio dos 4 ícones que o blog do Almir de Freitas mostra hoje.
2 filmes e 2 livros em 4 ícones

Com quatro ícones, o designer Kyle Tezak, sintetiza o nome de filmes e livros.

Eu só acertei um filme e um livro. Passe lá no blog do Almir e divirta-se.

Se quiser, depois conta aqui quais você decifrou.