sábado, 24 de outubro de 2009

A lua

Vi a lua ontem... com telescópio montado num parque de Sanca.

A primeira vez que observei a lua com um instrumento foi na escola técnica... usando a luneta do teodolito... aulas de Topografia - salve Big, Big!

O aparelho não era apropriado para tal mas serviu-nos muito bem. Lembro-me que fiquei deitada e algum colega segurou o teodolito sobre mim (sem o tripé, claro!)... aquilo era pesado!

Ontem foi mais profissional, contávamos com o auxílio de alunos da Ufscar e equipamentos adequados. E o efeito surpresa também foi bom... acabávamos a caminhada terapêutica - eu e minha companheira e amiga de andança e de papo - e o pessoal da Ufscar já estava com o circo armado em pleno kartódromo (nosso parque do bairro!). Senti-me como as crianças que logo se juntaram à trupe de astronomia - fascinada.

E hoje, escrevendo aqui, lembrei-me de um momento precioso: meu pai tentando me fazer entender os movimentos de rotação e translação usando pincel de barbear como planeta Terra e uma lanterna como sol. Não lembro o que teria sido a lua...

Sempre fui fascinada pela noite... pela lua... é ela que me faz companhia nas madrugadas criativas ocasionadas pela minha insônia.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

GP do Brasil ou Minha melhor amiga

No último domingo me lembrei dos meus domingos do final da década de 80 e início dos 90 - os meus domingos com Ayrton.

Já fazia tempo (anos, com certeza) que não assistia a um Grande Prêmio de Fórmula 1 do início ao fim... quis dar uma chance ao Rubinho. Não porque ele tivesse obrigação de vencer - corrida e campeonato - mas a luta pela sua vitória me parecia justa e emocionante depois de quase ter se aposentado.

Confesso que também assisti ao GP por culpa. Nunca dei uma chance ao Rubinho. Sempre fui fã de Ayrton Senna desde os tempos da Lotus... mais dele do que do automobilismo.

Via a corrida com os olhos grudados na TV, torcendo por uma entrevista após seu término - adorava vê-lo falar... a timidez, no início... a segurança, que adquiriu com o tempo, nas explicações de algum acerto ou porventura deslize. Eu o adorava.

Num domingo, dia de corrida, uma amiga me convidou para sairmos... como assim??? (hello!!! dia de corrida é sagrado!). Não sei por quê eu fui, realmente não me lembro. Acho que ela havia acabado de obter sua carteira de habilitação... acho que foi isso... seria a nossa primeira saída com o novo documento e seu pai havia emprestado o carro. E então saímos.

E sabe onde ela me levou? Era dia de GP do Brasil em Interlagos... e ela me levou até lá ( até onde era permitido chegar, ok! eu admito) e disse: ninguém nunca te deixou tão perto do Ayrton como eu.

Essa foi só uma das inúmeras coisas "fofas" que ela fez por mim.

Eu tenho, desde criança, um filme favorito - Laços de Ternura (Terms of Endearment, 1983, James L. Brooks). Eu sempre que o vejo choro, quase do início ao fim. Um dia, essa amiga me deu uma fita (VHS, gente, eu sou velha!) com o filme gravado direto da "sessão da tarde"...tempos depois me deu o livro, ela era assim... gostava de me ver feliz... era a pessoa que mais me compreendia nos anos difíceis da adolescência (no meu caso, os anos da escola técnica).

Quando ocorreu o acidente em Imola, ela foi a primeira pessoa que me ligou, ainda no domingo, para saber como eu estava.

E nesse domingo de GP do Brasil, no meu "retorno às pistas", lembrei-me do Ayrton. E lembrei-me dela.

Embora o tempo e as circunstâncias da vida tenham nos afastado, ainda sinto o mesmo carinho por ela.
E o rótulo de "minha melhor amiga", como a gente diz quando criança, reservo só para ela.

E o Rio, continua lindo?

Logo após o Rio ser anunciado como sede das Olimpíadas de 2016, após a euforia natural - uma olímpiada na minha cidade!!! - veio a queda na realidade. Pensei: temos de ser positivos com responsabilidade; são muito dinheiro e esforço que podem ser transformados em caixa 2 de muita gente.

Recebi vários e-mails nos parabenizando pela conquista (nós - como brasileiros e principalmente cariocas da gema!), mas aí vi um vídeo no uol (olha a Fê aí, gente!) que me tranquilizou - mais gente estava cuidadosa nas comemorações. Tudo isso é muito bom - Copa 2014, Olimpíadas 2016, mas o cotidiano não tá indo nada bem. Não nos ceguemos!!!

O vídeo é "Escuta essa! Rio 2016, cacildis! Yes, we créu, Obama!" de 3 de outubro, do UOL Notícias, o título já é auto-explicativo e já merece nota.
Demorei a comentar aqui porque estava reclusa em meu cantinho, ok?

Mas vale a pena dar uma olhada... além de termos de observar de perto a administração desses recursos para os jogos olímpicos, temos de continuar a eterna vigília sobre todo o restante, como mostra o vídeo.

Na semana passada um amigo voltou do Rio e então percebi o meu grau de amor e saudade pela minha cidade... perguntei sobre os lugares que visitou, qual percurso fez para ir a tal lugar e o que viu e o que deixou de ver pelo caminho... no final da conversa o meu sotaque já tinha voltado (normalmente só denuncio minha condição carioca quando falo sardinha).

E depois do episódio do helicóptero abatido? O meu Rio é lindo mas já passou da hora de ser visto e compreendido além da sua beleza.

E quem vos fala é uma carioca de corpo e alma!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Só para dar sinal de vida

Essa semana retomo as minhas atividades.
Confesso que fiquei um pouco entorpecida pelo meu aniversário - não sei se pelo envelhecimento em si ou qualquer insegurança que ele possa ter me trazido. Ainda não sei...
De qualquer forma, estou comprometida em retomar o blog... Pode aguardar Fe!