domingo, 3 de abril de 2011

Ressaca

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Volto a dormir.

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Passaram-se quinze minutos. Melhor levantar.

Olho-me no espelho. Olheiras, pele estranha. Escovo os dentes. Tomo banho. Olho no espelho.
Nada mudou, continuo com um semblante horrível.

Na cabeça algo lateja - tum, tum, tum. Tomo um comprimido. Preciso comer algo.

Na cozinha de guerrilha encontro um pacote de massa. Salvação do dia.

Preparo meu socorro com pouco molho, nada de queijo. Como um prato. Fico satisfeita.

Bebo água - um, dois, três copos seguidos. Sinto o corpo cansado. Volto a dormir.

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Volto a dormir.

Abro os olhos. Boca seca. Alcanço a garrafa d'água sobre o criado-mudo. Bebo um, dois, três goles seguidos. Confiro o relógio. Passaram-se quinze minutos. Melhor levantar.

Olho-me no espelho. Olheiras, pele estranha. Escovo os dentes. Faço promessas absurdas - nunca mais beber; nunca mais beber daquele jeito.

Tomo banho. Olho no espelho. Nada mudou, continuo com um semblante horrível.

Na cabeça algo lateja - tum, tum, tum. Tomo um comprimido. Preciso comer algo.

Na cozinha de guerrilha sirvo-me de outro prato de massa com pouco molho, um pouco de queijo.

Confiro o relógio. Perdi um dia da minha vida dormindo, acordando e comendo massa sem graça.

Preciso parar de beber.

**********

Por hoje é só, diletos leitores... estou correndo contra o tempo (essa expressão passou a ser comum na minha rotina atual) e ainda preciso fazer esse domingo render muito...

Até quinta!

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Leio primeiro, publico depois!