terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Pra não dizer que não falei das flores

Sobre os acontecimentos de um fim de noite em Sampa.

Mais uma vez assisti ao ótimo filme À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness, 2006) com Will Smith, na Tela Quente na Globo. Confesso que isso aconteceu contra a minha vontade. Minha mãe não conhecia o filme e eu apenas disse "É bom, mas muito triste. Sempre prefiro não assistí-lo". No fim, cedi.

A busca do protagonista é pelo ganha-pão, pelo teto por mais algumas semanas, pelo direito de dar o mínimo ao seu filho. Além disso, o que é conquistado é bônus: ele não buscava o sucesso, na minha opinião, procurava sobrevivência sem medo de arriscar, quando necessário. Como em um dos lemas que tento seguir: recuar dois passos para avançar um.

Às vezes não percebemos que quando estamos numa caminhada segura rumo às nossas conquistas, os passos recuados são apenas lembranças de dias difíceis, impulso para seguir em frente.

Esse pensamento de botequim não faz meu gênero, mas é extatamente assim que me sinto.

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Depois do filme, veio o jornal do Waack que adoro.

Logo no início, apareceu o especial sobre trabalho - falando das vagas que não são preenchidas por falta de mão de obra qualificada - e me fez lembrar de uma reportagem do Fantástico do último domingo - aquela das professoras inaptas para trabalhar por decisão médica. Sobre o assunto indico o Professora gorda não deve trabalhar. Ordens médicas no blog Escreva Lola Escreva. Aqui só quero deixar registrada a minha indignação.

Antes eu era de uma raça inferior, depois percebi que pertencia ao sexo errado e agora me descubro inapta por recomendação médica para exercer a profissão que escolhi.

E nós estamos evoluindo... quando acho que superei algo, uma novidade aparece. E pensar que, aos 20 anos, tudo o que eu queria era ser 10 quilos mais gorda para conseguir me olhar no espelho sem medo.

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E pra não dizer que não falei das flores, parodiando o querido Vandré, estou lendo Renato Russo: o filho da revolução, do jornalista Carlos Marcelo, editora Agir.

Estou adorando o livro, um mergulho na história recente do país para trazer à tona as influências que marcaram e ajudaram a moldar o vocalista da Legião Urbana (uma das minhas bandas favoritas dos anos 80); fala sobre sua vida desde os tempos de colégio até se tornar um grande ídolo do rock nacional.

É claro que discorrendo sobre o percurso de Renato (1960-1996) e o momento histórico em que está inserido, o nome de Vandré foi mencionado e sempre é bom lembrar dos bons artistas que temos.


Porque nem tudo deve ser ruim numa segunda-feira em São Paulo.

E nem tudo é diversão e arte.

(Hoje não mencionarei o assalto ocorrido ontem no Shopping Morumbi, local que frequentei bastante nos anos 90. Também não falarei sobre a ótima tarde que passei no MASP).

Um comentário:

Leio primeiro, publico depois!