domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quando o inimigo é você

Já teve a sensação que às vezes você mesmo se sabota?

Sabe aquela entrevista para a qual você foi indicado, mas por questões diversas acaba desmarcando; ou quando você é convidado para trabalhar com pessoas incríveis (verdadeiros ídolos na sua área), tem a coragem de realizar o trabalho, mas não mantém contato por timidez; ou ainda melhor: quando você aceita trabalhar com um colega que já demonstrou ter dificuldades em cumprir metas e você concorda com o prazo curto sugerido pelo chefe?

Por várias vezes na minha vida percebi que estava me boicotando. Por ação ou por omissão. Por medo de falhar preferia não tentar, desistia. Ou me candidatava a coisas totalmente contrárias à minha natureza, só para ser vista como legal.

Só percebi esse meu defeito, entretanto, quando fui morar sozinha, na época da faculdade de Arquitetura. Na primeira falha, pronto: simplesmente desistia até me sentir à altura do desafio. Ou aceitava engolir sapos para ser "bacana".

O pior foi notar que quando desistimos somos apenas perdedores. Não importa se a sua intenção foi desistir para se preparar para ter melhor desempenho (mesmo porque isso não faz sentido; tentando, errando e aprendendendo com os erros é que conseguimos vencer os obstáculos). Não adianta se preparar na teoria; é preciso está lá, correndo todos os riscos, para se saber como ter êxito.

E que quando concordamos com algo para satisfazer os outros estamos sendo falsos (conosco!).

Essa luta interna é para mim uma constante... Frequentemente me policio para verificar se não estou me passando a perna.

Vendo Cisne Negro (Black Swan, Darren Aronofsky, 2010) lembrei-me das vezes em que percebi que meu inimigo estava no espelho.



O filme permite várias leituras e interpretações (fiquem tranquilos, não contarei o filme aqui), mas o aspecto que mais me chamou a atenção foi a batalha que a bailarina Nina enfrenta na busca pela perfeição da sua arte. Adorei o filme. Vi, revi e devo vê-lo novemente ainda antes do Oscar.

E claro estou na torcida pela Natalie Portman para a estatueta de melhor atriz. Por esse trabalho e pelo conjunto da obra - a menininha de O Profissional (Léon, Luc Besson, 1994) cresceu e confirmou as espectativas, é uma grande atriz.


Quanto à mim, sigo vencendo eu mesma diariamente.

P.S.: as imagens são do Adoro Cinema.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leio primeiro, publico depois!