quarta-feira, 2 de março de 2011

Pitada de Geografia com um pouco de saudade

Ontem foi o aniversário da Cidade Maravilhosa - são 446 anos de história.

Como boa carioca não posso deixar passar em branco.

Morei no Rio até os quatro anos de idade, quando meus pais vieram a trabalho para São Paulo.
 
Nas férias, eu ia para o Rio, para a casa da minha avó paterna, todos os anos. A programação da vó incluía praia, visita ao Pão de Açúcar, à Quinta da Boa Vista, aos primos de Magé.

Até que, aos 21 anos, fiz o vestibular para a UFRJ e passei. Fui, então, morar com os meus primos e minha vó "Glantina" em Pau Grande, Magé, no fundo da Baía de Guanabara.

Meus amigos de Sampa, quando me encontravam nesses primeiros meses de facul no Rio, queriam saber se eu ia muito à praia, se frequentava a Barra, se estava sempre no Leblon (meu sonho sempre foi ser uma personagem de Manoel Carlos).

Alô!!!! Eu morava em Magé e estudava na Ilha do Fundão. Frequentava no máximo o centro do Rio. Mas quem não é do Rio não entende mesmo essa geografia.

Vamos lá! Acompanhemos os lugares em que morei durante os meus oito anos de facul (seriam cinco, mas prolonguei meu curso, depois eu falo mais a respeito) e a localização da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU):

A - Pau Grande, Magé (pertence à Região Metropolitana do Rio)
B - Ilha do Fundão, onde estão algumas faculdades da UFRJ como a FAU
C - Praia do Flamengo
D - Ilha de Paquetá
E - Glória
E - Méier

Nos dois primeiros anos de faculdade morei em Pau Grande (PG). Depois passei uma temporada na casa da minha avó materna, na Praia do Flamengo. Em 2000 fui morar na Ilha de Paquetá, a 40 minutos de barca do Centro, um ótimo lugar para uma futura urbanista - todos andavam de bicicleta na ilha (menos eu, porque não sei mais), carros somente da administração e serviços públicos. Voltei em 2001 para o Rio e morei por um tempo na Glória (perto do Flamengo). Em menos de um ano fui finalmente para o Méier, numa casa que pertencia à minha vó paterna.

Na verdade, voltei para o Méier. Morei nessa mesma casa nos primeiros anos de vida. Quando criança era nela que passava as férias.

Nessa época em que voltei para o Méier, estagiava no Centro. E, graças aos colegas do estágio, comecei finalmente a curtir o Rio. Sim, porque antes eu até saía aqui e ali, mas não conhecia muitos lugares na cidade.

E qual era a diversão de morar no Rio e curtir o Rio aos 20 e poucos anos de idade? 
  • Estar a um ônibus da praia (passei a frequentar a praia mesmo sozinha, afinal valia a pena) e sair de casa só com a roupa do corpo e a carteira no bolso: cadeira, guarda-sol, bebida gelada e um olho na roupa eram itens disponíveis na barraca da praia;
  • Ir  ao cinema no Cine Palácio (acho que está fechado atualmente), no centro, depois de comprar Ruffles na loja Americanas ao lado;
  • Ir às happy-hours dos barzinhos do Downtown, na Barra; dos quiosques da Lagoa; dos barzinhos do Arco do Teles (um lugar no Centro, cheio de história); dos barzinhos da Lapa (ainda sem o retorno do Circo Voador); dos barzinhos da Cinelândia;
  • Entrar no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) para ver uma exposição às 14h e não ter hora para sair, emendando um programa no outro dentro do próprio CCBB;

Como puderam observar, diletos leitores, happy-hour era meu programa predileto. Frequentava também bastante cinema e museus. Acho que foi a época da minha vida que mais fiz programas culturais - saía  barato. Às vezes me esquecia de que vivia numa cidade violenta.

Já não vou ao Rio há quatro anos, não sei como estão hoje esses meus locais de diversão. Se alguém souber, conte-me.


Até sábado!

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário

    Leio primeiro, publico depois!